A TCI nos convida a uma mudança de olhar, de enfoque. Como:
1. Ir além do unitário para atingir o comunitário. Com a globalização, surgiram novos desafios: drogas, estresse, violência, conflitos, insegurança, e a superação desses problemas já não pode ser mais obra exclusiva de um indivíduo, de um especialista, de um líder, e sim da coletividade.
2. Sair da dependência para a autonomia e a co-responsabilidade: modelos que geram dependência são entraves a todo desenvolvimento pessoal e comunitário. Estimular a autonomia é uma forma de estimular o crescimento pessoal e o desenvolvimento familiar e comunitário.
3. Ver além da carência para ressaltar a competência: o sofrimento vivenciado é uma grande fonte geradora de competência, que precisa ser valorizado e resgatado na própria comunidade, como uma forma de reconhecer o saber construído pela vida. Poder mobilizá-los no sentido da promoção de vínculos solidários é uma forma de consolidar a rede de apoio aos que vivem situações de conflitos e sofrimento psíquico.
4. Sair da verticalidade das relações para a horizontalidade. Esta circularidade deve permitir acolher, reconhecer e dar o suporte necessário a quem vive situações de sofrimento. Isso proporciona maior humanização das relações.
5. Da descrença na capacidade do outro para acreditar no potencial de cada um. O aprender coletivamente gera uma dinâmica de inclusão e empoderamento.
6. Ir além do privado para o público: A reflexão dos problemas sociais que atingem os indivíduos sai do campo privado para a partilha pública, coletiva, comunitária. A ênfase no trabalho de grupo, para que juntos partilhem problemas e soluções e possam funcionar como escudo protetor para os mais vulneráveis, são instrumentos de agregação e inserção social.
7. Romper com o isolamento entre o “saber científico” e o “saber popular”, fazendo um esforço no sentido de se exigir um respeito mútuo entre as duas formas de saber, numa perspectiva complementar, sem rupturas com a tradição e sem negar as contribuições da ciência moderna.
Fonte: BARRETO, A.P. Terapia Comunitária Passo a Passo. 3a ed. Revista e ampliada. – Fortaleza: Gráfica LCR, 2008.
A Capacitação em TCI será oferecida na modalidade Capacitação Profissional em TCI, com carga horária mínima total de 240h/a, sendo 50h/a teóricas, 50h/a de vivências terapêuticas, 80h/a de Intervisão presencial e 60h/a de Estágio Prático, equivalente à condução de 30 rodas de TCI.
A realização das 30 rodas de TCI que compõem o estágio prático deverá ser iniciada nos primeiros 60 dias da capacitação, imediatamente após serem abordados o Histórico e Pressupostos Teórico-metodológicos da TCI.
Para obter a certificação são necessários 75% de presença em aulas teóricas, 75% de presença em vivências, 75% de presença em Intervisões e 100% das práticas de Terapia Comunitária Integrativa.
TCI – Histórico e Pressupostos Teórico-metodológicos;Resiliência e a TCI;
Pensamento Sistêmico e a TCI;
Teoria da Comunicação e a TCI;
Antropologia Cultural e a TCI;
Pedagogia de Paulo Freire e a TCI;
Vivências Terapêuticas;
Intervisão - princípios fundamentais da capacitação em TCI, teoria e prática;
Estágio Prático de TCI, equivalente à condução de rodas de TCI.
A identidade da Capacitação em Terapia Comunitária Integrativa se alicerça em cinco eixos teóricos: Resiliência; Pensamento Sistêmico; Pedagogia de Paulo Freire; Teoria da Comunicação e Antropologia Cultural, tendo como referência a proposta apresentada no livro Terapia Comunitária Passo a Passo, de autoria do Prof. Dr. Adalberto de Paula Barreto, em sua edição mais recente.
As Vivências Terapêuticas têm como referência o “Manual do Cuidando do Cuidador”, de autoria do Prof. Dr. Adalberto de Paula Barreto, em sua edição mais recente.
Dra. Maria da Graça P. Martini
Profª. Esp. Ana Vigarani
Dra. Maria Lucia de Andrade Reis
Esp. Luciano Duarte Medeiros
Esp. Maria Inês de Souza (Apoio)
Dra. Blanca Souza Morales
Psicóloga Claudia Buarque